sábado, 5 de maio de 2012

Igrejas de Paris: status, poder e beleza

Amo conhecer igrejas. Não sei o motivo, nem católica eu sou, mas as construções, os vitrais, as obras que ornamentam o interior das igrejas, entre outras coisas, me encantam. A França tem igrejas góticas fascinantes e as principais foram edificadas entre os séculos XII e XIV. Eram (são) tão bonitas que países vizinhos passaram a tê-las como modelos e hoje as construções góticas podem ser encontradas em muitos lugares.
Prova de status e poder, as cidades francesas competiam entre si para ver quem conseguria ter a mais imponente e perfeita igreja da época e realmente conseguiram constriur obras fantásticas, tanto que hoje muitas delas são consideradas patrimônio universal pela UNESCO.
Em Paris eu pude conhecer igrejas belíssimas, como a pequena capela Ste.-Chapelle. Construída na Idade Média, essa capela gótica tem mais vitrais do que pedras, na verdade, para ser mais precisa, possui em suas janelas a maior extensão de vitrais em todo mundo. Os vitrais são indescritíveis! Lá acontecem concertos de música erudita nos fins de tarde. É um lugar mágico! Fica na Boulevard du Palais,  4° arrondissement. Também podem encontrar informações sobre a capela no site www.monuments.fr

Certo dia sai para visitar a igreja de Notre-Dame de Paris. Estava muito empolgada em conhecer essa igreja que é considerada patrimônio universal pela UNESCO. Tão empolgada que, quando cheguei na frente da igreja, não consegui entender porque as pessoas estavam aglomeradas do outro lado da rua. Claro, estavam lá, exatamente na frente da igreja, porque tinham uma visão incrível do lugar, era isso! Só pdia ser isso...Também havia muitos policiais e então eu fiquei pensando que o local deveria ser mesmo fantástico, tanto que tinha uma segurança maior do que os outros pontos da cidade.
Fiquei parada ali alguns minutos e pensei: por que ninguém atravessa a rua para entrar na igreja? Se ninguém vai, tudo bem, não devem gostar de igrejas, mas eu vou....
Esperei o sinal/semáforo fechar e fui, sozinha, para ver uma das igrejas mais famosas da cidade. De repente ouvi um apito e fui cercada por dois policiais franceses que, educadamente, me informaram que a área estava interditada em virtude de ameaças de ataques terroristas.
Quem me conhece sabe que sou completamente desligada. Como não pude ver que a área estava isolada? Como pude pensar que dezenas de turistas só queriam ver a catedral pelo lado de fora? Como? Como? Não sei se conheço alguém mais desligada do que eu (rsrsrs). Na foto que tirei quando estava na frete da igreja é possível ver o isolamento (uma fita vermelha e branco) e um policial, mas eu não vi nada disso (rsrsrs), só tinha olhos para a igreja! Bom, tive que ir embora, mas é claro que voltei no outro dia e passei muito tempo apreciando a catedral do "Corcunda de Notre-Dame", de Victor Hugo.  A catedral, que começou a ser construída em 1180, é mais visitada, segundo informações da Revista Viagem, do que a Torre Eiffel. Para apreciadores, a Notre-Dame de Paris deveria ser hors-concours. Realmente incrível! Onde fica? 6, Place du Parvis-Notre-Dame (metrô Cité).

Por fim, mas não por ser a menos interessante, a Basílica do Sacré-Couer. Foi construída após a França ter perdido a guerra contra a Prússia, em 1870. O inicío da construção foi em 1876 e o término ocorreu em 1914. O projeto foi de Paul Abadie e fui feita no estilo romano-bizantino. Branca, grande, linda! Tem uma cúpula central que mede 83m. Está localizada no alto do morro de Montmartre e de lá temos uma das mais bonitas vistas da cidade. Prepare-se para subir alguns degraus, mas tanto a basílica quanto a vista são imperdíveis! É pssível perder a noção do tempo lá. 
Não podemos esquecer dos restaurantes, creperias e dos inúmeros artistas que estão na região  - vejam informações que fiz sobre a Praça Tertre, na postagem  "Paris a pé (parte II).

E assim termino minhas postagens sobre a França...  O que eu trouxe na bagagem? Muitas fotos, recordações, cultura, risos, sonhos, luz, aprendizado e muita, muita saudade da minha irmã que ficou lá....



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