sábado, 19 de maio de 2012

Chineses, italianos, hippies, latinos... todos em SF

Passei dias maravilhosos na cidade San Francisco. Guardo tantas lembranças que estou com dificuldade de organizar tudo aqui neste post, mas vamos lá...
Foi interessante ver como os bairros são definidos: bairro chinês (fotos ao lado), italiano, latino, hippie, etc. Cada um com sua "decoração" própria, comidas típicas, muitos sotaques diferentes, nada parecido com o que temos aqui no ES. O bairro chinês tem um portal enorme (Chinatown Gateway) e os postes são tipicamente decorados, parece que estamos realmente num bairro da China. No bairro italiano tem muitos restaurantes e cafés maravilhosos e em quase todos os postes há uma pintura pequena da bandeira da Itália; o bairro hippie se destaca por seus grafites no estilo "paz e amor" e é bem divertido ver muita gente com roupas da década de 70, mulheres grisalhas com longos cabelos trançados, ou seja, vale a pena caminhar pelos bairros da cidade!
Além disso, de qualquer ponto da cidade é possível ver a Sutro Tower, uma torre branca e laranja situada no alto de um morro (não é lá essas coisas..). De frente para a North Beach está a Coit Tower, que tem belos murais, um deque de observação e fica no Telegraph Hill, que é um bairro tipicamente residencial.
Claro que visitei a Grace Cathedarl, que foi inspirada em Notre Dame de Paris. Está localizada no morro mais íngrime da cidade, o Nob Hill. Linda!
No centro da cidade está o Financial District, que é o "motor"econômico de SF.  O bairro é grande, tem prédios muito altos e vai das praças do Embarcadero Center (ou apenas Embarcadero), até a Montgomery Street. Os principais bancos e escritórios comerciais e de advocacia da cidade estão lá.
O Embracadero foi concluído após dez anos de obras, em 1981, tem muitas lojas e um shopping bem grande, uma praça belíssima com uma estátua de Gandhi. O mar, a vista, os prédios, os pássaros, as lojas... tudo isso está lá no Embarcadero.
Um dos marcos de San Francisco é a Transamerica Pyramid, falou em SF, lá está retratado o edifício mais alto da cidade, com 48 andares e 260 metros de altura (foto na minha galeria).
Por fim, o Fisherman's Wharf e o Pier 39, um local aberto, com uma linda baía ao fundo! Muitos restaurantes, com destaque para os caranguejos do Pacífico, que não comi, barcos coloridos, etc... A área se tornou ponto turístico em 1950, antes era uma indústria de pesca, fundada por pescadores de Gênova e da Sicília, no final do século XIX. O que eu mais gostei mesmo foi dos leões-marinhos que "aparecem" para tomar sol no Píer. São muitos, enormes e lindos! Nunca tinha visto nada parecido numa baía...
San Francisco é diversão para todas as idades e estilos, não tenho dúvidas. Não há como não gostar de lá! Curtam a cidade, tentem programas que não sejam apenas turísticos e se surpreendam!

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Pontos de vista sobre Alcatraz...

Fui visitar Alcatraz só na segunda vez que estive na cidade de SF, ou seja, o presídio não estava no topo das minhas preferências. Não entendi muito bem porque fui lá, mas como advogada criminalista e professora de direito penal pensei que pudesse ser interessante conhecer um dos presídios mais famosos do mundo e, também, já era minha segunda vez na cidade e achei que devia conhecer a ilha, que hoje faz parte da Golden Gate National Recreation Area.
O dia estava escuro, frio, chuvoso e eu fui sozinha. Cheguei no Pier 33 e comprei meu ingresso com facilidade, claro que tem fila, mas não tive esperar muito para entrar no ferryboat. As visitas são diárias, salvo nos dias 25/12 e 01/01, que são feriados e não funciona. Os horários variam de acordo com a época do ano (inverno/verão), mas geralmente o primeiro ferryboat sai às 09h e o último às 14h15 (inverno) ou 16h15 (verão), por isso recomendo visitar o site www.alcatrazcruises.com. Se não for possível encontrar informações no site, há um centro de informações turísticas atrás do ancoradouro, que possui ainda uma livraria, exposições e uma mostra multimídia que dá uma visão geral de Alcatraz.
Bom, depois das filas e da pequena viagem no ferryboat, chegamos lá. A primeira coisa que fiz foi adquirir um audio-guia (recomendo) para conhecer melhor a história do lugar. Nada de novo ou de diferente para quem trabalha com presídios: celas pequenas (equipadas com uma cama e um vaso sanitário), parlatórios, bibliotecas, etc... mas foi possível conhecer particularidades do presídio que sem o audio-guia eu não conheceria. 
Apelidada pelos prisioneiros de "A Rocha", foi um presídio de segurança máxima e abrigava cerca de 264 pessoas, consideradas "criminosos de alta periculosidade". Disciplina rígida, vigilância constante, isolamento (os prisioneiros passavam de 16 a 23 horas por dia sozinhos), uniformes, etc... Se não fosse pelo isolamento celular poderia ser qualquer um dos CDPs capixabas.
Foi horrível ter essa percepção, pois eu estava num lugar que havia sido um forte, construído para proteger a  baía de SF em 1859 e que se tornou uma prisão em 1907. Além disso, funcionou como presídio de segurança máxima entre os anos de 1934 a 1963. A única conclusão que eu tinha era a mesma que acho que estão tendo agora: temos um modelo de prisão muito antigo (parlatório em Alcatraz...). A partir daí muitas outras reflexões...
Eu estava parada numa galeria, pensando no ES, quando uma pessoa perguntou se eu não queria tirar uma foto e então eu pude me dar conta de que as pessoas estavam se divertindo, e muito, como tudo aquilo. Fotos e mais fotos nas camas, nas celas, como se fossem prisioneiras, e eu não conseguia ver nada de divertido ali... Na verdade eu ficava imaginando aquele lugar cheio de gente, em pleno funcionamento e aí pensava em todas as mazelas existentes nos presídios.
Percebi que eu era uma das poucas pessoas que observavam o local com um olhar voltado para a história e para o futuro, a maioria estava "curtindo"muito.
Para mim presídio nunca será divertido e para os outros turistas eu deveria ser uma chata que não vê graça em nada (rsrsr). Pontos de vista diferentes sobre Alcatraz...

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Castro, o bairro da diversidade

O Castro é conhecido como o bairro gay de San Francisco (SF). É um bairro super organizado, muito limpo e cheio de bandeiras do arco-íris, o que o torna alegre e divertido!
É incrível ver um lugar onde todos realmente se respeitam! Quem não conhece pode pensar que lá só moram gays, mas não é, lá é o bairro da diversidade e a orientação sexual não é nem de longe motivo para preconceito.
Uma coisa que sempre falo quando me lembro de SF foi de ter visto numa vitrine de uma loja de decoração chiquérrima, que não fica no Casto, um lindo porta-retrato com a foto de uma casal gay. Minha irmã, que estava comigo, logo perguntou: quando veremos uma vitrine de loja assim no Brasil? E eu estava pensando exatamente nisso...
Estávamos em 2006 e eu não conseguia imaginar, nem de longe, a possibilidade do nosso país reconhecer a união estável homoafetiva ou o casamento igualitário, mas essa possibilidade estava normalmente estampada na vitrine, sem nenhuma forma de preconceito, como realmente deve ser! Assim é a cidade de SF, assim é o Castro!
Aqui as coisas são bastante diferentes, claro que já avançamos muito, já conseguimos reconhecer a união estável homoafetiva e com isso muitos outros direitos, mas falta muito, muito mesmo, para termos um país, ou apenas um bairro,  com direitos iguais para todos. 
Essa postagem é para mostrar que precisamos evoluir muito quando o assunto é igualdade, mas também para mostrar que é possível viver num lugar onde todos são respeitados independentemente de sua orientação sexual.
Se estiverem ou forem à San Francisco, visitem o Castro, tenho certeza que não se arrependerão!
Em todo caso, indico o filme "Milk: a voz da igualdade", indicado a oito Oscars, vencedor de dois (melhor ator e melhor roteiro original), com uma atuação incrível de Sean Penn. Vocês poderão ver imagens lindas da cidade, do bairro, e também entender porque San Francisco é uma cidade praticamente livre da homofobia. Vale conferir!




terça-feira, 8 de maio de 2012

I love San Francisco

San Francisco, Califórnia (EUA), dezembro de 2006 e dez/jan. 2007/08.
Mais uma vez viajo para encontrar minha irmã e meu cunhado. Não imaginava conhecer San Francisco, aliás, não tinha muita pretensão de voltar aos Estados Unidos. Mas não consigo ficar muito tempo longe da minha irmã, então, onde ela estiver lá vou eu...
Conhecer São Francisco foi maravilhoso, a cidade é linda, organizada, cheia de atrações, de manifestantes pelas ruas (acho que é por isso que eu gostei rsrsr),  etc... Tive uma sensação de liberdade lá que não tive nos outros lugares que já conheci. Parecia que eu estava em casa. As imagens que sempre vi em filmes agora faziam parte do meu dia-a-dia.
Não sei explicar os motivos pelos quais eu me apaixonei pela cidade, pois mesmo tendo visitado Roma, Paris, Praga, entre outras cidades maravilhosas, San Francisco me fascinou. Lá não tem Torre Eiffel, Coliseu, grandes monumentos, mas foi por San Francisco que eu me apaixonei. E paixão é isso, não tem como explicar...
E, para melhorar, era Natal! Amo o Natal, as luzes, as festas, a família reunida, a decoração das casas, os amigos, as lembranças da minha infância em Pancas... Então, San Franciso e Natal foi uma combinação perfeita para mim.
Bom, estive por duas vezes lá, em 2006 e depois na "virada" 2007/08. Se eu gostaria de voltar? Sim, claro que sim!
Depois de New York é a cidade mais povoada dos EUA. A Grande San Francisco abrange Oakland (estive lá na loja de departamento Ikea, artigos para casa, amei e recomendo) e Berkley.
Já que o blog é sobre viagens, vamos logo para as explicações sobre o vi na cidade e sobre as postagens que farei:
A primeira postagem será sobre o Castro, um bairro que merece um post só para ele.
Vou falar da cidade de San Francisco e sobre os bondes, que são lindos! Uma postagem sobre Alcatraz e uma sobre as viagens que fiz a partir de San Francisco.
Espero que gostem, porque eu estou amando reviver tudo isso!

sábado, 5 de maio de 2012

Igrejas de Paris: status, poder e beleza

Amo conhecer igrejas. Não sei o motivo, nem católica eu sou, mas as construções, os vitrais, as obras que ornamentam o interior das igrejas, entre outras coisas, me encantam. A França tem igrejas góticas fascinantes e as principais foram edificadas entre os séculos XII e XIV. Eram (são) tão bonitas que países vizinhos passaram a tê-las como modelos e hoje as construções góticas podem ser encontradas em muitos lugares.
Prova de status e poder, as cidades francesas competiam entre si para ver quem conseguria ter a mais imponente e perfeita igreja da época e realmente conseguiram constriur obras fantásticas, tanto que hoje muitas delas são consideradas patrimônio universal pela UNESCO.
Em Paris eu pude conhecer igrejas belíssimas, como a pequena capela Ste.-Chapelle. Construída na Idade Média, essa capela gótica tem mais vitrais do que pedras, na verdade, para ser mais precisa, possui em suas janelas a maior extensão de vitrais em todo mundo. Os vitrais são indescritíveis! Lá acontecem concertos de música erudita nos fins de tarde. É um lugar mágico! Fica na Boulevard du Palais,  4° arrondissement. Também podem encontrar informações sobre a capela no site www.monuments.fr

Certo dia sai para visitar a igreja de Notre-Dame de Paris. Estava muito empolgada em conhecer essa igreja que é considerada patrimônio universal pela UNESCO. Tão empolgada que, quando cheguei na frente da igreja, não consegui entender porque as pessoas estavam aglomeradas do outro lado da rua. Claro, estavam lá, exatamente na frente da igreja, porque tinham uma visão incrível do lugar, era isso! Só pdia ser isso...Também havia muitos policiais e então eu fiquei pensando que o local deveria ser mesmo fantástico, tanto que tinha uma segurança maior do que os outros pontos da cidade.
Fiquei parada ali alguns minutos e pensei: por que ninguém atravessa a rua para entrar na igreja? Se ninguém vai, tudo bem, não devem gostar de igrejas, mas eu vou....
Esperei o sinal/semáforo fechar e fui, sozinha, para ver uma das igrejas mais famosas da cidade. De repente ouvi um apito e fui cercada por dois policiais franceses que, educadamente, me informaram que a área estava interditada em virtude de ameaças de ataques terroristas.
Quem me conhece sabe que sou completamente desligada. Como não pude ver que a área estava isolada? Como pude pensar que dezenas de turistas só queriam ver a catedral pelo lado de fora? Como? Como? Não sei se conheço alguém mais desligada do que eu (rsrsrs). Na foto que tirei quando estava na frete da igreja é possível ver o isolamento (uma fita vermelha e branco) e um policial, mas eu não vi nada disso (rsrsrs), só tinha olhos para a igreja! Bom, tive que ir embora, mas é claro que voltei no outro dia e passei muito tempo apreciando a catedral do "Corcunda de Notre-Dame", de Victor Hugo.  A catedral, que começou a ser construída em 1180, é mais visitada, segundo informações da Revista Viagem, do que a Torre Eiffel. Para apreciadores, a Notre-Dame de Paris deveria ser hors-concours. Realmente incrível! Onde fica? 6, Place du Parvis-Notre-Dame (metrô Cité).

Por fim, mas não por ser a menos interessante, a Basílica do Sacré-Couer. Foi construída após a França ter perdido a guerra contra a Prússia, em 1870. O inicío da construção foi em 1876 e o término ocorreu em 1914. O projeto foi de Paul Abadie e fui feita no estilo romano-bizantino. Branca, grande, linda! Tem uma cúpula central que mede 83m. Está localizada no alto do morro de Montmartre e de lá temos uma das mais bonitas vistas da cidade. Prepare-se para subir alguns degraus, mas tanto a basílica quanto a vista são imperdíveis! É pssível perder a noção do tempo lá. 
Não podemos esquecer dos restaurantes, creperias e dos inúmeros artistas que estão na região  - vejam informações que fiz sobre a Praça Tertre, na postagem  "Paris a pé (parte II).

E assim termino minhas postagens sobre a França...  O que eu trouxe na bagagem? Muitas fotos, recordações, cultura, risos, sonhos, luz, aprendizado e muita, muita saudade da minha irmã que ficou lá....



Outros lugares imperdíveis em Paris

Era para ser um "post" sobre Paris, ou dois, e um especial para o Louvre. Mas como reduzir a "Cidade Luz" a uma única postagem? Poderia escrever muito mais do que já escrevi e não acabaria nem com dez postagens...
Para ser um pouco mais breve, pois tenho muitas cidades ainda para compartilhar neste blog, citarei alguns outros lugares que conheci que não podem ficar de fora dos meus comentários sobre Paris. Também tem breves comentários, no último parágrafo, sobre a cidade de Fontainebleau. Então vamos lá:
1- Pont Neuf: é a mais antiga ponte de Paris, foi a primeira ponte de pedestres e a primeira desprovida de casa. Há uma estação do metrô com o nome Pont Neuf, não tem erro, é só descer e apreciar o rio Sena.
2- Andar pelo rio Sena: a pé, de bicicleta, patins, passeios de barco, etc... não dá para ir a Paris sem caminhar às margens do Sena. Alás, pelas margens do rio você pode fazer compras, visitar museus ou simplesmente passear de maneira despretenciosa e relaxante! O Louvre, a Torre Eiffel, o Museu d' Orsay (antiga estação do trem), o Parlamente Francês e muitos outros prédios históricos cercam o rio. Estive lá na primavera, mas é no verão que o rio é mais "aproveitado" pelos franceses, que tomam sol nas quentes margens de pedra. 
3- Hôtel des Invalides / Túmulo de Napoleão: originariamente foi projeto para ser residência e hospital para soldados franceses idosos, chegou a abrigar 4 mil pessoas. Durante a Revolução Francesa foi invadido por uma multidão, que conseguiu armas suficientes para tomar a Bastilha. Onde? Place des Invalides, 7° arrondissement.
4- Museu Picasso: possui a mior coleção do mundo de obras do artista. Localizado no Hôtel Salé, uma construção do séc. XVII, tem também em seu acervo obras de Cézzane e Matisse. Endereço: Rue de Thorigny, 3° arrondissement - www.paris.org/musees/picasso
5- Île-St. Louis: uma pequena e linda ilha no meio do Sena. Uma área residencial com construções do séc. XVI. Lá eu fui a uma das sorveterias mais famosas da cidade, a Berthillon. Fica em frente a igreja de Notre-Dame.
6- Os Jardins de Luxemburgo: Lá está o Palácio do Luxemburgo. O jardim é enorme, muitas flores, estátuas e "tanques" de água, também tem um pomar de macieiras e pereiras, além do teatro de mariontes. Lindo! Está localizado no 6º arrondissement.
Também visitei em Paris: Institut du Monde Arabe (primeira foto a esquerda), Jardim das Plantas (primeira foto a direita), Bastilha (segunda foto a esquerda), Palácio da Justiça, Faculdade de Direito, Museu Cluny.... Ah, e andando pude "esbarrar" no monumento de Joanna d' Arc (segunda foto a direita).

Fora de Paris visitei também a cidade de Fontainebleau. Lá existe um palácio, que é é um dos maiores Châteaux Reais franceses, e é possível ver, desde a estrada, a Floresta de Fontainebleau, que é um antigo parque de caça Real. Se ouvir falar "estilo Fontainebleau", quando o assunto for decoração, saiba que é uma referência a decoração de interiores do século XVI (Maneirismo italiano) inspirada no Castelo da cidade. Lá também está uma das melhores "escolas" de negócio do mundo (MBAs) e o campus da universidade é maravilhoso! Fica bem próxima de Moret sur Loing.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Paris a pé (parte II)

Centro Georges Pompidou
Uma das centenas de atrações em Paris é o Centro Georges Pompidou. O prédio foi inaugurado em 1977, provocando muita polêmica, mas também muitos elogios, pois sua construção é de vidro com concreto e as tubulações são aparentes, o que contrasta com as históricas construções da cidade. Nele funcionam cinemas, biblioteca e o Museu Nacional de Arte Moderna, além de um espaço para performances, do lado de fora costuma ter artistas de rua se apresentando. É um espaço enorme, um lugar maravilhoso!
No dia em que estive lá havia um grupo de crianças visitando o museu, deviam ter entre 05 e 06 anos. Impressionante ver crianças tão pequenas nos museus, mas isso não é incomum em cidades como Paris. Para chegar lá, desça no metrô Rambuteau. Mais informações? www.centrepompidou.fr
De lá dá ir conhecer o Hôtel de Ville e fazer o caminho indicado no post anterior, mas é possível ir caminhando até as Galerias Lafayette, a maior loja de departamento da cidade. A loja tem um serviço gratuito de consultoria de moda (eu não usei o serviço), que pode ser utilizado sem que você compre nada. Nunca tinha entrado numa loja de departamento tão grande! É o "point" das compras. Está localizada na 40, Boulevard Haussmann (metrô Haussmann-Saint Lazare).
Logo ali, bem perto, está o Printemps, uma versão mais barata das Galerias Lafayette. É o shopping preferido dos parisienses, tem desfiles de moda, uma loja da Fnac que vende ingressos para show, teatros, etc.. Fica na 64, Boullervad Haussmann (metrô Havre-Caumartin) - www.printemps.com
Praça Tertre
Andando um pouco mais é possível chegar à Scré-Couer, mas antes de falar da Basílica (farei um "post" só para as igrejas) é preciso mencionar a Praça Tertre, com seus restaurantes e creperias. A praça, que é muito simpática, fica ao lado da igreja e é cheia de pintores e desenhistas que trabalham ao ar livre, fazendo quadros e caricaturas. Para chegar lá de metrô você deve descer na estação Anvers.
Ah, tem (ou tinha) um carrossel muito antigo que é lindo, um charme, me deu vontade de virar criança só para dar uma voltinha...

terça-feira, 1 de maio de 2012

Paris a pé (parte I)

Campanha contra a Constituição Européia
A melhor maneira de conhecer Paris, para mim, é andando pelas lindas e charmosas ruas da cidade.
Foi assim que passei por lugares maravilhosos. Hoje vou indicar alguns desses lugares, os respectivos endereços e como cheguei até eles.
Uma postagem diferente das anteriores, pois será apenas um "post" informativo, mas que considero muito útil, até mesmo para mim, caso eu volte lá!
Primeiro indicarei a estação do metro na qual eu desci e depois o caminho que percorri. Ao lado dos endereços indicarei também o metro mais próximo, caso não tenha condições de caminhar, seja pelo frio (se estiver visitando a cidade no inverno), pelo cansaço, ou qualquer outro motivo.
Tudo que está descrito aqui eu visitei no mesmo dia, seguindo esses pontos pelo mapa. Foram horas de caminhada todos os dias, mas vale muito, muito a pena

1- Linha 1 ou 11 do metro - desci no Hôtel de Ville: O que vi a partir desta estação:

Hotel de Ville
a)  Hôtel de Ville (foto ao lado, com a campanha para Paris ser sede das olimpíadas de 2012) - Prefeitura de Paris, construída em 1873, na Praça da Greve. Tem estilo neo-renascentista e 136 estátuas de personagens da história da França. É possível encontrar exposições grátis, tem patinação no gelo no inverno e alguns shows no verão. Endereço: 29, rue de Rivoli. Dali fui até...

b) Sainte Chapelle - igreja gótica. Considerada uma das mais belas do mundo. Endereço: 4, Boulevard du Palais, (metro Saint- Michel). Seguindo a pé cheguei na famosa Notre-Dame.

c) Notre-Dame e Cripta Arqueológica: 6, Place du Parvis de  Notre-Dame (metro Saint-Michel).
Quando saí da Catedral eu me perdi, mesmo com o mapa, mas ficar perdido em Paris é ótimo, pois quando olhei estava ao lado de um prédio enorme, lindo, nada mais que o

d) Panthéon - uma bela igreja onde estã sepultados Volteire, Victor Hugo e Louis Braille. Place du Panthéon (metro Cardinal Lemoine).

e) Museu de Cluny - fica ao lado de uma terma romana e possui o maior acervo de arte medieval do mundo. Endereço: 6, Place Paul Painlevé (metro Cluny-la Sorbonne). www.musee-moyenage.fr

f) Boulevard Saint-Germain - uma charmosa avenida que foi retratada em muitos filmes. Possui muitos cafés, restaurantes e cinemas, que vivem sempre lotados.

Foi andando que vi a cavalaria francesa dando "uma voltinha" na rua (isso foi muita sorte) e também uma propaganda contra a Constituição Européia, que fiz questão de fotografar (primeira foto desta postagem)!

Cavalaria francesa


Vênus de Milo, Mona Lisa, Código de Hamurabi e muito mais

Antes mesmo de entrar no Louvre eu já sabia o que eu queria ver: Mona Lisa, Vênus de Milo, Vitória Alada e muitas outras obras estavam na minha lista...
Começarei minha narrativa pelo quadro que provavelmente é o mais famoso da história da arte, estou falando de La Gioconda, a Mona Lisa, de Leonardo da Vinci. Há quem afirme ser o quadro mais famoso e valioso de todo o mundo!
Ouvi comentários do sentido do quadro ser pequeno, de não ser possível chegar muito próximo (o quadro fica protegido por um vidro e ainda havia uma corda que nos mantinha a certa distância da obra), etc... Eu não tenho reclações a fazer (rsrs). Para mim foi uma grande oportunidade estar diante de Mona Lisa. Passei alguns minutos ali olhando, pensando, refletindo... Quantas histórias sobre o quadro, quantas interpretações e controvésias sobre a obra de arte que se tornou uma das mais comentadas e analisadas de todos os tempos. O sorriso enigmático de Mona Lisa pode ser visto no primeiro andar, ala Denon, Sala Rosa.
Também fiz quetão de ver a escultura da deusa da beleza e do amor, Vênus (ou Afrodite, para os romanos), que foi "descoberta" em 1820 em Milo (ilhas Cíclades gregas). Não se sabe a data precisa em que foi esculpida e nem quem é o escultor, mas tendo em vista que o estilo da obra é típico do período Helênico, pode ter sido feita  no século 2 a.C. Está localizada no térreo, no Pavillon des Arts.
Não poderia deixar de ver o Código de Hamurabi -"olho por olho, dente por dente" - também no térreo, ala Richelieu, Antiguidades Orientais.
A Grande Esfinge também fez parte do meu roteiro. Ela é pequena se comparada à Esfinge das pirâmides do Egito, mas possui 4,80 metros de comprimento e 1,80 metros  de altura. Supõe-se que tenha sido feita em 2620 a. C., sendo uma das mais antigas do mundo. Está na ala Sully.
Uma obra em especial chamou muito minha atenção,  a Vitória Alada da Samotrácia. Foi encontrada em 1863 pelo arqueólogo francês Charles Champoiseau na Ilha de Samotrácia, no Mar Egeu, junto com outras peças de mármore. É uma linda escultura do século 3 a.C., feita em homenagem a deusa grega da vitória, Nyke. A Grécia reivindica até hoje a escultura, alegando que a França não poderia retirar a peça do seu sítio arqueológico. Foi incrível ver essa peça. Muitas pessoas "disputavam" um lugar perto dela e eu confesso que fiquei emocionada ao ver uma escultura tão antiga e tão bela!  A peça está primeiro andar, ala Denon, Antiguidades Gregas.
Vi muitas outras obras de arte, e os corredores do Louvre são incrivelmente decorrados com telas e esculturas de artistas de muitos lugares e épocas diferentes, mas este "post" já está muito grande, então, termino indicando apenas mais algumas das que fiz questão ver:
a) Os escravos, de Michelangelo: a obra faz parte de um conjunto de 32 esculturas, feitas a partir do ano de 1513 para o túmulo do Papa Júlio II. Michelangelo é sempre imperdível. Inacreditável pensar que ele quis destruir a obra não achá-la perfeita. Acreditem em mim, é perfeita! Está no térreo, ala Denon, Galeria Michelangelo.
b) Morte da Virgem, de Caravaggio. Foi um dos primeiros pintores "malditos" da história. Usou como "modelo" para o quadro uma prostituta afogada no rio Tibre, em Roma. Como o quadro tinha sido feito por um pedido da Igreja Santa Maria della Scala (Roma) foi recusado por ela. Caravaggio foi o pioneiro do pós-Renascimento. Também está no primeiro andar, Grand Galerie.

c) Liberdade Guiando o Povo: o quadro de Eugéne de Delacroix, de 1830, é uma homenagem aos parisienses que pegaram em armas para derrubar a autocriacia do rei Carlos X e estabelecer a monarquia parlamentar do Rei Luis Felipe. Pode ser visto no primeiro andar, ala Denon, França séc. 19.
Eu amei conhecer o Louvre e poder ver de perto obras tão fantásticas. Espero que se apaixonem pelo museu, pela história, pela arte!!!

Essa foto foi tirada num dos corredores do museu.